Frase da semana

"Nada posso lhe oferecer que não exista em si mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo além daquele que há em sua própria alma. Nada posso lhe dar, a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo". Hermann Hesse

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meditação: efeitos, benefícios e contra-indicações















Ao iniciar uma prática meditativa é muito importante observar se o tipo de meditação escolhida é adequado a sua personalidade, caso contrário você pode passar por sensações desagradáveis. A busca por profissionais e mestres que atuam na prática com seriedade é fundamental para garantir que sua experiência seja positiva. Segundo Dra. Florence Gaillard, existem alguns indícios de que a prática de meditação está correndo bem. São eles:
• Sensação durável de bem estar;
• Sensação de revitalização;
• Desaparecimento de qualquer sentimento negativo (depressão, medo, sentimento de culpabilidade, inferioridade);
• Profundo sentimento de paz e harmonia;
• Sono mais profundo e reparador após a prática da noite;
• Possibilidade de dormir menos, pois o sono é de melhor qualidade;
• Sonhos mais sadios – a violência, os cenários sexuais tendem a desaparecer;
• Sentimento durável de paz interior;
• Impressão de entender melhor o sentido dos acontecimentos e o objetivo de sua existência;
• Desaparecimento progressivo dos medos e estados depressivos;
• Desenvolvimento da compaixão e da compreensão dos outros, resultando numa diminuição da raiva, da impaciência e dos comportamentos negativos;
• Desenvolvimento gradual do sentimento de felicidade.

Alguns cientistas que se dedicaram ao estudo da meditação e seus efeitos clínicos/fisiológicos constataram nos praticantes de meditação:
• Melhora no controle da neuroquímica das emoções (sistema límbico);
• Reduções da freqüência cardíaca (quando a prática de meditação não é dinâmica);
• Alterações do fluxo sanguíneo encefálico e da atividade eletroencefalográfica (aumento das ondas ALFA ou BETA durante a meditação);
• Modificações nas concentrações de inúmeras substâncias neurotransmissoras;
• Variações neuronais (hiperpolarização dos neurônios);
• Quedas do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico;
• Reduções da temperatura corporal (exceto em práticas que aceleram o metabolismo, como a dos “monges secadores de toalhas” - ver Mitos e verdades sobre Meditação neste blog);
• Aumentos no volume sanguíneo;
• Alterações dos sentidos e das percepções;
• Ativação do córtex pré-frontal esquerdo;
• Melhora do sistema imunológico;
• Desenvolvimento da Inteligência Espiritual, ou seja, da capacidade de manter constantemente os princípios e leis espirituais que regem a vida.

A Meditação também pode contribuir para o autoconhecimento:
• Tornando as pessoas mais conscientes dos seus processos mentais e da maneira inadequada de reagirem aos acontecimentos estressantes;
• Fortalecendo a formação de uma personalidade sadia;
• Trazendo a sensação de “centramento”, ou seja, propiciando melhor contato consigo mesmo e com o campo de relações, fortalecendo a capacidade de autocontrole;
• Aumentando a atenção em relação às interferências externas, permitindo-se não se identificar com as mesmas;
• Auxiliando no tratamento de doenças do pânico, distúrbios de ansiedade, doenças psicossomáticas;
• Facilitando o acesso ao inconsciente, à memórias e sentimentos recalcados;
• Reorientando a mente rumo à estados mais elevados de consciência.

No entanto, apesar da meditação ser uma técnica que amplia e facilita muito o campo de atuação da área da saúde, existem algumas restrições em relação a sua aplicação:
• Em quadros de desordens internas ou mentais (esquizofrenia, fobias, boderline);
• Em quadros de transtornos obssessivo-compulsivos (os indivíduos que têm TOC podem ser muito fechados às experiências novas para tentar a meditação ou, por outro, serem bastante esforçados e conseguirem meditar).
• Em estados emocionais agudos (crises, emergências espirituais);
• Em pessoas que apresentam dificuldade de lidar com o mundo material (lidar com suas obrigações familiares e sociais, apresentam necessidade de fuga, pessoas viciadas em drogas).

Para escrever este post, consultei os seguintes artigos:
"The use of meditation in psychotherapy: a review of literature" de M.A. Bogart - American Journal of Psychotherapy, vol. XLV, n. 3, July, 1991.
"Meditação e saúde" de Florence Gaillard - Cadernos de Yoga, 6a edição, ano II, 2005.

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